Cap. 2 — O Porquê Desta Obra


         Antes de dar início a este capítulo, cabe aqui inserir uma observação preliminar:
Sabendo que este livro, possivelmente, citará denominações religiosas, filosóficas, esotéricas e outras, e que adeptos dessas denominações, tendo acesso a esta obra, podem se sentir ofendidos ou melindrados com o seu conteúdo, esclareço logo que o meu objetivo longe está de querer depreciar crenças alheias. O meu propósito é narrar os caminhos que percorri para chegar à Verdade que cheguei depois de mais de 40 anos de busca. Portanto, leitor, tudo quanto vires escrito aqui sobre essa ou aquela religião, seita ou filosofia, deve ser encarado como conclusão amparada em experiências pessoais e estudos próprios, e, de modo algum, deve ser vista como intenção de depredar crença ou postura filosófica religiosa de terceiros. Aceito, por conseguinte, ser contestado, mas não posso admitir que espíritos mais suscetíveis queiram impedir-me de manifestar o direito constitucional de exercitar o próprio pensamento.

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Eu poderia resumir em poucas linhas, ocupando, no máximo, meia folha de papel ofício, o objetivo e o porquê desta obra. Seria um texto  curto, escrito numa linguagem bem popular, que resultaria em algo parecido com isto: “Estimado leitor, antes de falar do objetivo deste livro, preciso dizer que virei um crente evangélico por causa de algumas coisas inexplicáveis que aconteceram comigo. Um dessas coisas foi que, mesmo sem estar lá com muita disposição para abandonar o cigarro, eu, movido por alguma força sobrenatural que foi convocada mediante uma oração feita por um pastor evangélico, parei de fumar, sem esforço algum além do simples e resumido pedido que fiz ao líder religioso no seu gabinete, a que, junto comigo e minha esposa, orássemos a Deus para que Ele, em nome do Seu Filho Jesus, levasse de mim aquela carteira de cigarros e o  isqueiro que, antes de iniciada a oração, eu depositara sobre a sua mesa. A resposta à oração proferida pelo pastor foi imediata, pois saí da reunião sem mais vontade alguma de fumar, e isso depois de 46 anos fumando e já chegando a quase 3 carteiras por dia. Além desse milagre acontecido comigo, assisti a dois outros ocorridos com terceiros”.
Em mais algumas linhas, eu poderia acrescentar que colaborou para a minha conversão um evento sobrenatural que aconteceu numa das aulas do curso MMI (“Casados para Sempre”) que eu e minha esposa freqüentamos. E prosseguiria: “Esses acontecimentos inexplicáveis fizeram um efeito extraordinário em mim, e esta é a razão da minha conversão.
E eu poderia dizer ainda mais: que não é novidade alguma o fato de, no geral, as pessoas acreditarem naquilo que produz, de forma inexplicável, um efeito benéfico em si mesmas, tal como aconteceu comigo, ou em terceiros, conforme eu pude presenciar também. O objetivo então desta minha preleção é este: exortar-te, caro leitor, a conhecer melhor esse Jesus do Qual tantos falam praticamente no mundo inteiro, para que, conhecendo-O e tendo intimidade com Ele, possas usufruir das maravilhas que só Ele pode produzir na tua vida, igual ou até mesmo maior do que as que aconteceram comigo. É isso aí o que eu queria dizer antes de começar a montar o núcleo desta obra.”
Conforme podes ver, meu paciente leitor, eu poderia sim resumir, em poucas linhas, a apresentação deste livro, ou seja, a natureza do seu conteúdo e o que pretendo com ele, mas hás de concordar que o efeito dessas poucas linhas escritas seria praticamente nulo ou até mesmo adverso em ti e na maioria dos demais que se ocupassem de ler tal apresentação. Por exemplo, alguns poderiam dizer: “Ora! Tomando por base o que você diz, você deve acreditar também nos mágicos, vez que eles também fazem coisas que não têm explicação”.
Se, enquanto o leitor fizesse esse comentário, ou seja, durante a sua leitura, me fosse possível responder, eu lhe diria — que me perdoem os purista do idioma por eu não usar aqui a forma verbal correta (dir-lhe-ia), mas é que eu preciso ser entendido por todos — que a crença não depende apenas do evento inexplicável, mas também de determinadas circunstâncias ou aspectos que cercam o acontecimento. Vez que é impossível eu conversar com o leitor enquanto este lê o livro, ficará ele mergulhado nesta e em outras questões, as quais, sem possibilidade de serem respondidas durante a leitura, acabarão por levá-lo ao descrédito quanto ao conteúdo da obra e, a partir daí, pôr o livro de lado.
Observa que, apenas por este detalhe da questão levantada pelo leitor, eu teria que acrescentar mais algumas linhas à minha explanação, para explicar que circunstâncias ou aspectos são aqueles; e mais ainda aumentaria o texto se, prosseguindo, eu afirmasse que, tomando por base um daqueles milagres acontecidos e presenciados por mim, mágico algum é capaz de curar uma menina de 6 anos de idade, portadora de uma doença rara, cuja única salvação residia em encontrar um doador de medula compatível com a da criança. No milagre do qual fui testemunha, a menor foi curada sem necessidade alguma de doador. A doença simplesmente desapareceu. Aí, eu teria que entrar em detalhes sobre a moléstia, falar das peregrinações de uma mãe desesperada, semi-afogada numa absurda quantidade de exames e laudos médicos, em busca de doadores de medula... E tome aí mais páginas escritas.
E se eu desandasse a narrar sobre a minha busca pela verdade espiritual, que durou mais de 40 anos? Ainda que eu descrevesse, o mais resumidamente possível, os acontecimentos que vivi e presenciei no rosacrucianismo, no esoterismo, na ufologia, no kardecismo e em outros caminhos que percorri, eu acabaria tendo que preencher muito mais que apenas meia folha de papel, e, ainda assim, isso de nada adiantaria, porque um imaginário leitor, ao ler as ainda poucas linhas do meu escrito, prosseguiria, dizendo: “Tudo bem. Você virou crente, porque, depois de anos de busca por uma tal verdade, viu e viveu milagres. Mas você acredita mesmo que, apenas por você estar narrando sobre essas maravilhas acontecidas com você, eu aceitaria esse seu convite para conhecer o seu Jesus, dispondo-me a entrar numa igreja evangélica para, em atendimento ao chamado do pastor, aceitar Jesus Cristo como meu único salvador frente a uma platéia de estranhos? Ora! Do que você diz sobre essa tais maravilhas, estou careca de saber e nem preciso entrar em igreja alguma, sequer passar da rua onde moro, porque, lá mesmo, encontrarei alguns crentes que me narrarão acontecimentos até mais extraordinários. Eu até poderia entrar numa dessas igrejas, mas apenas para tentar descobrir o porquê dessa cara alegre dos crentes, que não bebem, não fumam, não curtem uma noitada numa boate emendada com um encontro a dois num motel, e vivem nessa alegria notável. Fora isso, eu nada mais faria. Se descobrisse a razão dessa euforia, eu poderia ir mais adiante e até mesmo aceitar o Jesus, só para ver no que isso ia dar. Mas, não descobrindo nada sobre a tal alegria, eu sairia dali de fininho e voltaria à minha vida normal, até porque, até onde sei, não careço de salvação alguma”.
Tu, leitor, seja na tua caixa de correio, seja caminhando pela via pública ou parado num sinal de trânsito ao volante do teu carro, já deves ter recebido folhetos, convidando-te a conhecer Jesus Cristo, folhetos esses que, na esmagadora maioria das vezes, acabaram na lixeira, porque, de modo parecido, reagiste igual ao imaginado leitor descrito acima, ou até mesmo por causa de certos aspectos repulsivos presente em certas denominações que, interpretando a Bíblia de forma equivocada, inventam teses que, além de não constarem da Bíblia, atentam contra o bom senso das pessoas, como, por exemplo, a proibição de os fiéis receberem transfusão de sangue, ou de trabalharem em determinada dia da semana. Visto que algumas dessas denominações são os que mais se aplicam na distribuição de suas publicações e folhetos, as pessoas, quando são abordadas para receberem literatura de natureza religiosa que nada tem ver com essas congregações, podem muito provavelmente acabar recusando literaturas de outras denominações verdadeiramente cristãs evangélicas. Por conta da confusão que se instala em suas mente, essas pessoas — maioria, arrisco dizer — rechaçam, de imediato, qualquer literatura religiosa, como se todas as denominações cristãs adotassem a mesma filosofia daquelas poucas que adotam dogmas estranhos à Bíblia, como, por exemplo, a conduta de prever o fim do mundo. Na Escritura Sagrada, está bem claro que a ninguém é dado saber o dia do retorno de Jesus Cristo; no entanto, várias denominações já fizeram seguidas previsões sobre isto, e nada de diferente aconteceu. Ademais, se na Bíblia, que foi escrita sob a inspiração de Deus, está registrado que muitas coisas que são mistérios aos nossos olhos, só nos serão reveladas quando estivermos com Ele, configura uma insensatez querer entender tudo o que lá está.
Repito aqui o que eu disse no início: não me interessas criticar religiões ou crenças alheias, até porque não é este o objetivo desta obra, e, tampouco, tem ela a suposta finalidade de propaganda da denominação a qual pertenço. Aliás, quanto a essa presumida propaganda, fosse ela um fato, eu estaria cometendo flagrante contradição, na medida em que todos os evangélicos sabem que igreja, seja ela qual for, não salva ninguém. Todavia, se pretendo dissertar sobre o caminho que percorri até o ponto onde cheguei, devo fazê-lo de forma bem clara, mostrando como e porque cheguei lá; e, se isso me obriga a entrar em considerações sobre  condutas adotadas por essa ou aquela denominação religiosa, condutas que despertaram repulsa em mim, paciência, porque, conforme já disse e repito, ninguém pode impedir-me de exercitar o meu direito constitucional de livre expressão do pensamento.
   De resto, quando alguém lhe oferecer um panfleto ou propaganda religiosa, basta formular essas perguntas...
— Essa igreja a qual você pertence é contra a transfusão sanguínea?
— Faz alguma restrição ao sábado?
— Já fez previsões sobre o dia do fim do mundo ou da volta de Jesus Cristo?
... e ele não mentirá, porque configuraria uma consumada contradição ele distribuir material de uma origem da qual ele sente vergonha.
 Ora! Se um convite formulado num pequeno folheto faz quase nenhum efeito nas pessoas, seja por causa da confusão que acontece com as propagandas daquelas denominações equivocadas, seja por qualquer outro motivo, um capítulo — este — explicativo da obra, escrito de qualquer jeito, também não animaria ninguém a seguir em frente com a leitura. O escritor então, para motivar o leitor à leitura, precisa elaborar a sua apresentação de motivos, mas de forma objetiva (de que se trata a obra e o que é que ela pretende), concisa (abordar sobre os objetivos, evitando rodeios, mas também sem dar chances a dúvidas) e clara (evitar o preciosismo, que é o uso de palavreado pouco conhecido).  Se, além destes aspectos, o escritor puder também apresentar algum elemento surpreendente, as chances de os leitores ficarem presos ao texto aumentam. Foi por isso que inseri também, neste capítulo “O Porquê desta Obra”, esse item surpreendente, que é o desafio que dá título ao livro, e do qual falarei mais abaixo.
Antes de prosseguir nesta minha clara tentativa de motivar-te a ler esta obra, devo aqui ressaltar que o meu convite a que conheças melhor Jesus Cristo não se resume em apenas aceitá-lo, assim, da boca pra fora, igual como eu, que, antes da conversão completa, também dizia tê-lo aceitado quando alguém me formulava convite parecido. Eu conhecia Jesus assim como quem diz “Oi!” para algum conhecido, e, muito provavelmente, este deve ser o nível de conhecimento que existe entre ti e Ele. Quando formulo este convite, o que estou pretendendo é motivar-te, primeiramente, a entrar numa igreja evangélica à tua escolha e freqüentar os seus cultos por um certo tempo de extensão a teu inteiro critério.
Aqui, quando falo de igreja evangélica, sinto a necessidade de deixar logo respondida uma questão que, certamente, surgirá na mente do leitor: qual seria a igreja evangélica ideal?
Visto que igreja alguma salva ninguém — e é bom repetir isto muitas vezes — a possibilidade de resposta a esta pergunta vai depender da tua crença em que Deus pode dar-te a indicação daquela, não a ideal, mas a mais adequada à tua natureza, ao teu modo de ser ou pensar. Se crês que Deus pode ouvir-te, faze o que Ele mesmo ensina na Bíblia: recolha-te a um recanto tranquilo e conversa com Ele, assim como quem conversa com um amigo. Simples assim. Fica ciente, no entanto, — e convém repetir — que igreja alguma pode garantir a tua salvação amparando-se apenas no fato de freqüentá-la. Encontrarás diversas denominações e, provavelmente, entrarás em algumas delas, porque Deus pode mesmo querer que conheças algumas para, dentre elas, indicar-te aquela onde te sentirás melhor.
Tendo encontrado a congregação ideal para ti, a tua caminhada até o pastor evangélico para aceitares Jesus acontecerá de forma natural, sem que tenhas que te forçares a nada, e esse encontro produzirá, em teu interior, um impacto emocional mil vezes maior que aquele “Oi, Jesus” da quase nenhuma intimidade. Embora eu tenha passado por essa maravilhosa experiência, não sei como descrevê-la e lamento muito não dispor de capacidade literária suficiente para fazê-lo, mostrando como é que esse encontro com Jesus aconteceu. O máximo que posso dizer é que, em comparação com aquele “oi!”, o encontro com Jesus foi, pessimamente comparando, como um abraço encharcado de lágrimas que trocamos com um ente querido do qual estivemos afastados por longo tempo.  Isto é pouco para explicar como foi esse encontro; mas, paciência, é o que tenho de melhor para usar como elemento de comparação.
Todavia, caro leitor, nada disso pode acontecer mediante apenas a leitura de um ou dois capítulos de um livro, conforme já vimos. Para motivar-te a dar esse primeiro passo que é dispor-se a entrar numa igreja evangélica, para, a partir daí, considerares se vale mesmo a pena passar pela experiência de conhecer Jesus Cristo, tenho mesmo que escrever, além de uma apresentação bem objetiva, um conteúdo distribuídos por vários capítulos, cada um deles configurando um degrau em busca de Deus, onde, em linguagem bem clara e sem aquelas referências bíblicas do tipo “João, capítulo tal, versículo tal”, comuns em obras de igual natureza e que, às vezes, atuam até como espantalho em leitores de postura anti-evangélica mais radical, narrarei a odisséia, que foi a minha peregrinação em busca de uma verdade que fosse capaz de explicar o absurdo da vida, esse processo sem sentido de nascer, crescer, desenvolver-se, aprender, criar e... morrer. Eu não podia aceitar essa fatalidade assim placidamente. Alguma coisa — eu cogitava — deve estar por detrás desse roteiro sem pé nem cabeça de nascer, crescer, criar e morrer, sem saber sequer o que há além da morte. Foi isto, caro leitor, o estopim que desencadeou em mim, há mais de 40 anos, essa ânsia de querer entender o porquê da minha existência, e que me levou a percorrer diversos caminhos, sempre com o espírito contestador questionando tudo, porque eu temia o “acreditar-por-ter-vontade-de acreditar”. Se eu cresse em algo, a minha crença teria que estar fundamentada em coisas bem mais robustas que crer apenas porque queria crer. O fato é que eu buscava a verdade espiritual de forma equivocada, como quem busca uma verdade material qualquer, ou seja, baseando-me nas ciências do mundo, que só vigoram dentro dos limites da materialidade, restrito aos 5 sentidos da natureza humana. Ali, naquele limitado espaço do conhecimento humano, o máximo que eu consegui foi a convicção de que Deus existe, mas, do caminho que pudesse me levar a Ele, eu tinha uma infinidade de cogitações, sem ter, contudo, certeza alguma de nada. Pois bem... Aquelas coisas robustas — e inexplicáveis dentro daquele campo científico — acabaram acontecendo, puseram um ponto final naquela minha busca de vários anos, e me transformaram de tal modo, que, ainda que eu não quisesse crer na Verdade que reconheci até pelo olfato — Sim! É isto mesmo o que leste: até pelo olfato — isto seria impossível.
Agora, uma pergunta: conseguirei, com esta arenga, motivar-te a proceder conforme a minha exortação vista no parágrafo acima no sentido de buscares logo uma igreja para teres com Jesus aquele encontro tão logo termines a leitura da obra? Não tenho lá tanta certeza disso, mas posso esperar que, com o que leste até aqui e o que está mais abaixo, te sintas ao menos motivado a ler o livro. Neste ponto, até posso, num faniquito otimista, imaginar que, além da decisão de ler a obra, te sintas também motivado a entrar numa igreja evangélica em pleno culto. Se isto acontecer, não resistas à vontade de entrar no templo; entra, mas comprometa-te a permanecer lendo este livro até o seu final.
Todavia, pode acontecer de, ao contrário das alvissareiras previsões acima, a tua disposição para, após a leitura deste prefácio, ler a obra integralmente, acabar sendo a mesma de antes, ou seja, nula; e, prevendo sobre essa eventualidade, foi que me ocorreu de formular o esquisito desafio que dá título a este livro. E em que consiste esse desafio?
O desafio consiste em seres tu capaz de, honestamente, ao final da leitura deste livro, depois de ter lido sobre os caminhos que percorri durante mais de 40 anos em busca de explicações para a minha (e também tua e dos demais) existência, e, enquanto buscava, criticando os protestantes pela cegueira de estarem dando ouvidos a líderes religiosos hipócritas, que pregam uma coisa e fazem o contrário; ou buscando, dentro da Bíblia, pontos conflitantes, para desacreditá-la aos meus olhos e aos dos demais; ou consumindo tempo e dinheiro em leituras, palestras e pregações esotéricas, ufo-religiosas e ocultistas; e, depois, de que forma foi acontecendo a transformação em que, de anti-evangélico implacável, passei a freqüentador irregular de cultos, para, num processo que, embora rápido, me passava despercebido, eu acabar virando um crente convicto, apesar de toda aquela resistência inicial... Se, depois de tudo isso e muito mais, tu, estimado leitor, após ter lido toda esta obra, for capaz de, honestamente, dizer que nada encontrou no seu conteúdo que pudesse alterar coisa alguma no teu modo de pensar e no teu espírito (ou teu interior; se a palavra espírito não faz sentido algum para ti), e que, por conta dessa postura, permanecerás tranquilamente convencido de que a vida é mesmo essa coisa sem sentido do nascer, crescer, construir, apaixonar-se pelas coisas materiais construídas e morrer sem explicação e sem saber sequer do destino daquele teu espírito citado acima, se é que acreditas ao menos que ele exista... Se isto acontecer, terás vencido o desafio, mas nada poderei te ofertar como prêmio pela “vitória”. Neste ponto, certamente, perguntarás: “Ora! Mas que graça pode ter um desafio, se brinde algum o vencedor recebe”.  E então responderei:
— A graça está em que este é o único desafio em que quem ganha o prêmio — por sinal, o maior prêmio possível de ser imaginado — não é o vencedor, mas sim o “perdedor” — daí a sua esquisitice. Eu sei que isto soa estranho aos teus ouvidos, mas o que posso dizer é que serve também como motivação a que aceites a prova proposta. Vou “desenhar” o que acabei de dizer, porque sei que é mesmo coisa algo complicada de entender: quem ganha o valioso prêmio não é o que vence o desafio, ou seja, aquele que, terminada a leitura, permanece o mesmo de antes; quem vence o desafio é aquele que é derrotado na sua convicção de que a vida é isso mesmo que vemos, essa sucessão de vitórias ou derrotas que, ao final, levam ao nada. Quem perde no desafio é aquele que, ao final da leitura, sente que não é mais o mesmo de antes, que uma mudança radical aconteceu em sua mente. Em suma, é aquele que chega à conclusão de que precisa mesmo conhecer Jesus Cristo e os Seus ensinamentos.
O desafio está, por conseguinte, feito, e só tens que entrar na leitura das páginas seguintes, prosseguindo até o último capítulo. Ou, senão, fechares o livro e oferecê-lo a qualquer outra pessoa. Depois que essa pessoa destinatária ler o livro, volta a ela e pergunta: “O que achou da obra?”. Pode acontecer de, aí, nessa simples pergunta, teres uma segunda chance de encarar, de novo, aquele mesmo desafio, para, na derrota, ganhares aquele valioso prêmio.
      Se aceitares o desafio, só me resta, por fim, desejar-te uma FELIZ “DERROTA” e que faças bom uso do valiosíssimo prêmio que receberás.

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