Cap. 6 — Ufologia — Parte 1 de 2

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“Acreditar em tudo é tolice; mas não acreditar em coisa alguma, tolice é”.
Provérbio Popular.

         Conforme antecipei em uma das páginas anteriores, não pretendo fazer, nesta obra, citações de passagens bíblicas, do tipo “João, capítulo tal, versículo tal”, porque, sendo um livro direcionado, embora não exclusivamente, às pessoas que não professam crença alguma, essas citações só teriam efeito se os leitores conhecessem e manuseassem a Bíblia. Todavia, apenas para explicar o porquê de eu ter ido ao encontro da Ufologia, espécie de pseudociência que estuda o fenômeno dos chamados discos voadores, vejo-me obrigado a citar e transcrever o trecho bíblico que fala da visão tida pelo profeta Ezequiel. Ei-lo no Capítulo 10 do livro de Ezequiel, versículos de 8 a 12:
8E apareceu, nos querubins, uma semelhança de mão de homem debaixo das suas asas.
9Então fixei o olhar e percebi quatro rodas junto aos querubins, uma roda ao lado de cada querubim; e as rodas reluziam como o berilo.
10E as quatro rodas tinham a mesma aparência, como se uma roda estivesse perfeitamente entrosada na outra. 
11Quando elas se moviam, tinham a capacidade de ir em qualquer das quatro direções possíveis, sem a necessidade de se virarem para o lado; mas andavam sempre em frente, para onde a cabeça dos querubins apontava e as dirigia.…
12E todo o seu corpo, as suas costas, as suas mãos, as suas asas e as rodas, as rodas que os quatro tinham, estavam cheias de olhos ao redor.”

            Observe, caro leitor(a), que essa passagem fala de rodas dentro de rodas, o que poderia ser interpretado como engrenagens de rodas dentadas, ou um disco ou anel girando acima do solo, tendo outro disco ou anel girando dentro do primeiro. E esses anéis ou rodas  movimentavam-se como que cumprindo um roteiro pré-determinado. Algo parecido como a figura vista abaixo, elaborada segundo a interpretação dos versículos acima, colhida na Internet, onde vê-se, em segundo plano, o fundo de uma grande nave de forma circular como a de um prato, e quatro veículos menores que seriam essa quatro rodas, cada uma pilotada pelo que Ezequiel chama de querubim:


            Em outra passagem, em Gênesis, capítulo 6, vemos que a Bíblia fala de seres de aparência humana que já viviam na terra. Vejamos o que diz a Escritura Sagrada:
            2Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.
            3Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.
            4Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos, estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.

Nesta passagem, os ufólogos defendem a tese de que “os filhos de Deus” eram extraterrestres, posto que Deus só faz referência a um só filho, Jesus Cristo.

            Aqui, abro um pequeno parêntese para chamar a atenção do leitor a esta passagem bíblica que fala do limite imposto por Deus quanto à máxima idade que o homem poderia alcançar: 120 anos. Até ali, o homem vivia mais de 1 século, e, hoje, apenas uma pessoa — a francesa Jeanne Calment — “conseguiu”, por provável erro de cálculo cronológico, ultrapassar a idade  de 120, o que, considerando a pequena diferença de 2 anos além daquele limite, e mais as ocorrências comuns de registro feitos depois do nascimento, pode ser um desses caso de cálculo errado ou mal baseado. Há de ter chegado perto desse limite, mas, certamente — e até porque resume-se em apenas um caso — não chegou aos 120 anos de idade. Fecho o parêntese e volto à Ufologia.

            Há outras passagens na Bíblia que demandam a hipótese de seres extraterrestres já terem andado pela Terra desde os acontecimentos narrados em Gênesis, mas estas citadas aqui já bastam para explicar a razão de eu ter ingressado nas fileiras da Ufologia em busca da verdade. E foi assim que, em 1982 ou perto disso, ingressei na SIRJA (Sociedade Interplanetária do Rio de Janeiro), uma espécie de grupo de estudo criado na década de 50, que se propunha a estudar os fenômenos ufológicos a partir de uma visão científica. As reuniões nessa sociedade aconteciam sempre nas tardes de sábado quando um dos três sensitivos, que, ali, eram chamados de antena, mas que, na verdade, funcionavam como médiuns, recebia, em sua cabeça, influência de um tal Comandante Ashstar Sheran, um suposto extraterrestre, cuja missão, segundo palavras próprias,  era proteger a Terra de qualquer ação nociva vinda dela mesma ou de fora. As reuniões então aconteciam assim:

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